Meu marido é soropositivo: posso engravidar?

Meu marido é soropositivo: posso engravidar?

Dr. Flávio Garcia de Oliveira

Lidar com o HIV é complexo e requer muitas informações. Logo após o diagnóstico, é natural que muitas dúvidas surjam. Para os casais que pretendem ter filhos, a pergunta “homem com HIV pode ser pai?” é recorrente e muitas vezes aflitiva.

Com o desenvolvimento da ciência, a reposta atual para a pergunta é “sim”. Segundo o ginecologista obstetra e especialista em reprodução humana Flávio Garcia de Oliveira, casais sorodiscordantes podem ter filhos biológicos.

Como ter filho tendo HIV?

Atualmente, dois métodos de reprodução assistida são indicados para casais soropositivos que querem engravidar sem correrem o risco de contaminação.

Fertilização in vitro

O primeiro deles e mais utilizado é a fertilização in vitro. “Nesses casos a gente colhe o sêmen e separa todos os espermatozoides”, diz o ginecologista. Além da separação, outro método utilizado no procedimento para evitar a contaminação é a lavagem. “Mesmo com a separação, antes a gente faz a lavagem do sêmen. Essa é uma medida que livra ele de qualquer vírus que tenha sobrado”, explica.

Após este processo, espermatozoides e óvulos são fecundados em laboratório e, depois, implantados no útero da mulher, que prossegue com uma gestação normal.

Inseminação artificial

Embora bem menos utilizado, outro método é a inseminação intrauterina. “Nós temos poucas experiências com essa técnica porque ela é a menos escolhida pelos casais. Colhemos o sêmen, passamos pela lavagem para garantir que ele estará livre de qualquer vírus e implantamos no útero”.  Segundo Fábio, não há maior risco de contaminação. No entanto, o procedimento, além de ser menos eficiente, gera receio nos casais.

Carga viral negativa

Por medida de segurança os métodos só são utilizados em indivíduos que fazem o controle da carga viral. “O pai precisa estar com carga viral negativa. Ainda assim é preciso realizar um exame de sangue para ter certeza de como está o quadro”, alerta o especialista.

Após a implantação ou a fecundação em uma mãe que não possui o vírus da doença, a gestação corre normalmente.

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