Chegou a hora “H” ou melhor, a hora “P”

Chegou a hora “H” ou melhor, a hora “P”

Dr. Flávio Garcia de Oliveira

Para a maioria dos pais, todas aquelas expectativas adquiridas durante a gestação são resolvidas ao visualizar o bebê nascendo.

“Ele(a) se parece com o papai!” “Não com a mamãe!” “Como ele(a) é lindo(a)!”
“Que bebê chorão!”… É momento mágico.
Vocês estão apresentando seu filho ao mundo.

O casal pode estar sentindo medo, apreensão e ansiedade pelo que vai acontecer. “Será que vai dar tudo certo?”… “Meu marido ou minha mãe vão poder entrar na sala de parto?”… “O bebê vai nascer bem?”. Na verdade, esses sentimentos são manifestados por todas as grávidas. Não há uma só gestante que vá para a sala do parto totalmente isenta deles. Contudo, se sua relação com o obstetra é firme (foi ele quem a acompanhou desde o início), há grande chance de tudo dar certo. Além do mais, a evolução da obstetrícia moderna oferece muitas ferramentas capazes de fazer com que você perca um pouco esses medos (equipamentos para avaliar o bem-estar do bebê durante o parto).

Nossa recomendação com relação a esse importante momento é que vocês sejam preparados para enfrenta-lo já durante o pré-natal (orientações durante a consulta). Dessa forma, quando chegar a hora “H”, ou melhor, a hora “P”, não haverá muitas dúvidas e a ansiedade será menor.

A hora do parto

Agora, a grande pergunta: “Para que tipo de parto devo me preparar? Cesárea? Normal?”, ou seja, “Qual o tipo ideal de parto?”. A resposta pode ser fácil ou difícil, dependendo da filosofia do médico e dos desejos do casal. A meu ver, vocês devem se preparar para ambos os tipos, pois uma característica marcante do parto é a sua imprevisibilidade. Portanto, é aconselhável que o médico oriente, durante o pré-natal, sobre os tipos de resolução da gravidez, É lógico que o maior peso sobre a decisão do tipo de parto é do médico. Ele está mais capacitado para dizer o que é melhor para cada momento, de onde se origina uma espécie de lei “cada parto é um parto”.

O mais importante é que vocês possam decidir junto com o obstetra qual o tipo de procedimento a ser adotado, e mãos á obra na preparação. Na verdade, o parto ideal não existe, mas, do ponto de vista da relação médico-paciente, o ideal é que o médico faça o tipo de parto de que gosta e no qual tenha experiência e que o casal grávido deseje essa mesma forma de dar à luz.

Os problemas em relação ao tipo de parto acontecem quando o casal deseja um tipo e a filosofia do médico orienta outro tipo de parto. Nesse ponto, a resposta para “qual parto fazer” pode ser difícil.

Também considero importante que, tanto para parto normal, quanto para cesárea, o preparo físico e psicológico durante o pré-natal deve ser o mesmo. Não vamos discutir aqui vantagens e desvantagens de um ou outro tipo de parto. Esse é um debate que deve ser tratado nas consultas com o obstetra. O que preciso deixar claro é que os dois são seguros hoje em dia, principalmente quando realizados com responsabilidade e amor.

Nos casos de gestação múltipla (gêmeos, trigêmeos etc.), a realização do parto cesariano é a regra. Não esqueça que nesses casos é comum o parto começar bem antes da data prevista. Portanto, fique alerta.

Você encontra essa e outras informações no livro “BEBÊ A BORDO”

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