Neste artigo apresentaremos as possíveis complicações que a ingestão de café pode causar na gestação
Tomar um cafezinho é hábito. Seja para começar o dia ou nos pequenos intervalos durante o trabalho, com ou sem açúcar, esse líquido está presente em nosso cotidiano.
Porém, consumir cafeína durante a gravidez pode afetar a saúde da gestante e, principalmente, do bebê.
A recomendação é que mulheres grávidas evitem o consumo da bebida ou, ao menos, troquem o café normal pelo descafeinado.
Caso seja muito difícil abandonar esse costume, o ideal é que a ingestão de cafeína não ultrapasse os 200 miligramas diários.
Para efeitos de comparação, um café espresso curto contém, aproximadamente, 64 miligramas de cafeína.
Todavia, é fundamental conferir a quantidade desse composto químico nos diferentes produtos disponíveis no mercado. Afinal, a presença de cafeína varia de acordo com os grãos e formas de produção.
Vale reforçar que produtos descafeinados também contém cafeína, porém em menor quantidade.
Cafeína no organismo das mamães:
A cafeína aumenta a frequência cardíaca e o ritmo do metabolismo do corpo. Por isso, o café costuma provocar agitação e alterações no sono de muitas pessoas.
O consumo excessivo de café também gera diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos. Esse efeito vasoconstritor é especialmente complicado para as mulheres grávidas, pois afeta o desenvolvimento da placenta e, consequentemente, a oxigenação do feto.
Além do mais, o excesso de cafeína dificulta a absorção de ferro pelo organismo. Um nutriente tão importante para a gravidez que a grande maioria das gestantes precisa fazer suplementação para evitar anemias.
Bebidas cafeinadas, inclusive, geram aumento da produção de suco gástrico, podendo causar refluxo gastroesofágico e piorar outros problemas digestivos que normalmente surgem durante a gravidez.
Cafeína no organismo dos bebês:
Os efeitos do consumo de café em excesso por mulheres grávidas são muito piores para os fetos.
A cafeína transportada pelo organismo da gestante pode atravessar as paredes da placenta, atingir o líquido amniótico e a corrente sanguínea do bebê.
Como o feto não possui um fígado completamente desenvolvido, é muito difícil para ele metabolizar a substância. O aumento da frequência cardíaca e, inclusive, arritmias, podem ter um impacto considerável no seu desenvolvimento.
Quando consumidas em grandes quantidades, a cafeína também pode levar o bebê a ter crises de abstinência, como acontece com qualquer outra droga.
Inclusive, doses diárias maiores de 200 miligramas têm potencial para causar partos prematuros e aumenta a incidência de nascimentos de bebês com peso abaixo do ideal.
Além disso, o consumo direto dessa quantidade é capaz de reduzir o fluxo sanguíneo para a placenta em 25%
Dicas para diminuir o consumo de café na gestação
A cafeína está presente em outros alimentos e bebidas além do café: cacau, guaraná, erva-mate e chá verde são alguns exemplos. Outros tantos produtos industrializados também possuem a substância em suas composições, principalmente refrigerantes.
Mulheres acostumadas a ingerir altas doses diárias de cafeína e que resolvem diminuir o consumo, devem ficar atentas aos sintomas possíveis da abstinência como fadiga, dor de cabeça, tonturas e fraqueza.
A melhor forma de evitar essa reação do organismo é reduzir gradativamente o consumo da substância.
Algumas dicas podem ser valiosas:
- Aos poucos, diminua a quantidade de xícaras de café consumidas ao longo do dia. Passe a utilizar cada vez menos pó para o preparo da bebida;
- Troque o chá verde ou preto pelos de camomila, hortelã ou erva-cidreira;
- Refrigerantes de jeito nenhum! Além do excesso de açúcar, da presença de cafeína e outros elementos prejudiciais à saúde, eles tornam o sangue ácido e prejudicam a absorção de cálcio pelo organismo;
- Diminua o consumo diário de chocolate;
- Reduza a quantidade de cafeína nos chás deixando folhas ou sachês por menos tempo na água.
Lembre-se de consultar médicos e profissionais da saúde especializados para que você possa ter uma gestação tranquila e segura.
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