Há mais de três décadas (1978) os doutores Steptoe e Edwards foram responsáveis pelo nascimento do primeiro bebê produzido através da fertilização in vitro em laboratório (FIV convencional, bebê de proveta). Esse foi um dos maiores avanços no tratamento da infertilidade. A FIV tornou-se então a melhor opção de tratamento para alguns tipos de infertilidade como a obstrução das trompas (tubas), incluindo também a infertilidade de causa masculina.
Muitos casais com infertilidade devido a fator masculino, entretanto, não se beneficiavam da FIV convencional. Os maridos, nesses casos, tinham número muito baixo de espermatozóides (abaixo de 1 milhão por mililitro) com alterações importantes de motilidade e morfologia (forma). Essas alterações levavam quase sempre à falha de fertilização e falta de sucesso do ciclo de fertilização in vitro convencional. Homens com concentrações de espermatozóides abaixo de 500 mil por mililitro eram frequentemente recusados para tratamento pela FIV convencional.
Assim, surgiu a maneira mais eficiente de tratar a infertilidade masculina – a utilização da técnica da ICSI em que é necessário apenas um único espermatozóide vivo para fertilizar cada óvulo maduro coletado da parceira. Se a parceira, por exemplo, nos fornece 10 óvulos, serão necessários apenas 10 espermatozóides para o tratamento! Desse modo, homens com quantidades muito baixas de espermatozoides poderiam atingir o sucesso da gravidez.