Fase 3 – Fertilização e Acompanhamento do Desenvolvimento Embrionário – Laboratório de FIV

Uma primeira forma de fertilização é a fertilização in vitro convencional (FIV convencional). Consiste em colocar um óvulo para cada 100 a 150 mil espermatozóides dentro de um recipiente apropriado feito de plástico inerte contendo um meio de cultura específico, para que apenas um desses espermatozóides penetre em cada óvulo disponível. Deste modo, os gametas masculinos vão procurar fertilizar o óvulo por sua própria “vontade”.

Uma outra maneira de fertilização é a injeção intra-citoplasmática do espermatozóide (ICSI), ou seja, um único espermatozóide será apanhado por uma microagulha e será injetado dentro de cada óvulo disponível. A injeção de um único espermatozóide em cada óvulo maduro (em estado de metafase II ou MII) é feita após a limpeza dos mesmos em meios e soluções especiais.

A fertilização (presença de 2 pronúcleos) é verificada em microscópio invertido cerca de 18 hs após, tanto na FIV convencional quanto na ICSI.

Os pré-embriões, nessa fase denominados de zigotos, são colocados em cultura onde serão avaliados quanto ao seu desenvolvimento e clivagem. É desta forma que determinamos a qualidade embrionária. De maneira geral, os pré-embriões de boa qualidade são aqueles com uma taxa de crescimento e clivagem (divisão) normais (duplicam o número de células a cada 24 h, ou seja, em 24 h = 2 células, em 48 h = 4 células, em 72 h = 8 células e assim por diante). As células são simétricas e há muito pouco acúmulo de fragmentos celulares no interior de um pré-embrião de excelente qualidade. 

Alguns fatores como os meios de cultura, a temperatura e o pH do meio podem influenciar no bom desenvolvimento e na qualidade dos pré-embriões. Por isso eles devem ser mantidos em estufas especiais e sob condições também especiais de temperatura e pH. Devem ser transferidos para o útero materno tão logo seja possível.

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