Saiba como funciona a inseminação intra-uterina de espermatozoides

Saiba como funciona a inseminação intra-uterina de espermatozoides

Dr. Flávio Garcia de Oliveira

Inseminação intra-uterina (IIU) é a colocação de esperma no útero de uma mulher quando ela está ovulando. Este procedimento é utilizado em casos específicos, como por exemplo mulheres com problemas do muco cervical, casais homo-afetivos ou ainda para a utilização de sêmen de doador. A inseminação é feita muitas vezes em conjunção com drogas para estimulação de ovulação. Antes do procedimento, a mulher deve ser avaliada por qualquer desequilíbrio hormonal, infecção ou problemas estruturais nos órgão genitais. 

A inseminação é realizada no momento da ovulação, normalmente dentro de 24-36 horas após o “pico” do LH (Hormônio Luteinizante), ou após o “gatilho”, onde injeções de hCG (Gonadotrofina coriônica humana) são administradas para provocar a ovulação. A ovulação é percebida indiretamente pela presença de muco cervical(secreção tipo “clara de ovo”) evidente a olho nu pela própria mulher, companheiro ou mesmo o médico, ou através de alguns exames, como urina ou sangue para verificação do LH e exames de ultrassom para verificar o roteiro do folículo e liberação do óvulo.

No caso do parceiro masculino, deve-se produzir uma amostra de sêmen (masturbação), em casa, na clínica ou no consultório médico. O esperma é então preparado para o procedimento, onde é “lavado” e separado. A separação seleciona os espermatozóides com maior motilidade e boa morfologia. A lavagem livra o esperma de produtos químicos potencialmente tóxicos que possam causar reações adversas no útero. O médico utiliza um cateter macio que é passado através de um espéculo diretamente no útero da mulher para depositar o sêmen no momento da ovulação.

É um procedimento relativamente rápido e pode ser realizado no consultório do médico, sem qualquer anestesia. Existe muito pouca ciência neste tipo de procedimento, que foi realizado pela primeira vez por um monge italiano em animais no ano de 1779. De lá até os dias de hoje pouca coisa mudou nesse procedimento.

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